Eventos climáticos extremos, estações do ano embaralhadas, temperaturas invertidas no sul e no norte global. Estas alterações que sentimos em nosso dia a dia, mas que muitas vezes não damos a importância necessária, são reflexos do aquecimento global. Um fenômeno que afeta a natureza e os seres humanos e que está associado a outro fenômeno de nossos tempos, o efeito estufa. Vamos descobrir justos como evitar um desastre climático.
Caso queira, você também pode consumir desse conteúdo em formato de áudio em nosso podcast de limpeza profissional.
O aquecimento global e o efeito estufa são decorrentes das atividades humanas e de causas naturais que elevam a emissão de gases na atmosfera. O acúmulo, principalmente de dióxido de carbono (CO2), gera o efeito estufa que, por sua vez, reflete na elevação da temperatura média dos oceanos e da camada de ar próxima à superfície da Terra.
Assim, temos o aquecimento global que desencadeia uma série de desequilíbrios à natureza, aos seres humanos e à vida no planeta como um todo.
Por isso, é urgente pensar em formas de agir com consciência e responsabilidade tanto por parte das pessoas, como das empresas para enfrentar e reduzir os danos causados pelo consumo excessivo e pelas atividades cotidianas em nossa sociedade.
Pensando nisso, preparamos este artigo com algumas ações possíveis de serem inseridas em nossas rotinas para que, em coletividade, possamos enfrentar o aquecimento global. Acompanhe a leitura! Se desejar você pode navegar entre os tópicos!
Aquecimento global: o que é?
Para começar, vamos entender o que é o fenômeno do aquecimento global e como ele acontece. O evento do aquecimento global está relacionado ao aumento da temperatura média dos oceanos e da camada de ar próxima à superfície do planeta Terra.
Como falamos acima, a temperatura mais elevada é decorrente, principalmente, das emissões de gases na atmosfera que são responsáveis por gerar outro fenômeno, o efeito estufa.
Segundo um estudo feito pela Nasa e pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (Noaa, na sigla em inglês), em 2018, a temperatura média da superfície da Terra foi registrada comi a quarta mais alta em quase 140 anos.
Ainda de acordo com o estudo da Nasa, foi possível verificar que, no mesmo ano, houve aumento de 0,83°C na temperatura média da Terra em relação ao intervalo entre os anos de 1951 e 1980.
Dessa forma, temos um alerta importante que mostra as mudanças climáticas são mais do que reais e que são necessárias medidas urgentes para detê-las.
Você sabia que o aquecimento global foi descoberto pela Sra Eunice Newton F. ?
Quem descobriu o aquecimento global?
Os estudos e descobertas sobre aquecimento global tiveram início com a estadunidense Eunice Newton Foote (1819-1888). Ela foi a primeira cientista a escrever que aumentos moderados na concentração CO₂ atmosférico poderiam provocar um aquecimento global significativo.
A partir dessa constatação, a relação entre o CO₂ e o clima se tornou um dos princípios-chave no estudo da meteorologia moderna, do efeito estufa e da ciência climática.
Mas e o efeito estufa, o que é?
Bem, agora, vamos tratar do efeito estufa e, como citamos no início, o aquecimento global é um reflexo desse fenômeno, descrito pela primeira vez em 1859, pelo cientista irlandês John Tyndall. O efeito estufa é, portanto, uma camada de gases acumulada sobre a superfície da Terra.
Entre os gases presentes nessa camada estão, principalmente, gás carbônico (CO²), metano (CH4), N²O (óxido nitroso) e vapor d’água.
A ciência descreve o efeito estufa como um fenômeno natural, fundamental para manutenção da vida na Terra, já que, parte da radiação solar que chega ao planeta é refletida e volta para o espaço, outra parte é absorvida pelos oceanos e pela superfície terrestre e uma parte importante é retida por essa camada de gases.
Assim, sem a presença da camada que forma o efeito estufa, o planeta poderia se tornar um lugar muito frio, inviável à sobrevivência de muitas espécies, inclusive a humana.
Mas o que acontece é que o efeito estufa está se agravando. As atividades humanas na era moderna acabaram por elevar de forma muito significativa a emissão da quantidade de gases formadores do efeito estufa (GEEs).
Como consequência dessa aceleração da produção e do consumo em massa, a camada tem ficado cada vez mais espessa, retendo cada vez mais calor na Terra. O quadro que temos diante dessa situação é o aumento da temperatura da atmosfera e dos oceanos, gerando o aquecimento global.
No livro Como Evitar um Desastre Climático, escrito por Bill Gates, a emissão total de gás de efeito estufa, atualmente, consiste em 51 bilhões de toneladas, por ano, de gases na atmosfera.
O autor defende que é preciso baixar esse número para zero e somente isso será capaz de impedir o aumento de temperatura. A meta audaciosa é reduzir para zero em 30 anos, ou seja, até 2050.
O livro de Bill Gates apresenta a distribuição da emissão por agrupamentos. Veja só quais as maiores contribuições :
– aparatos domésticos: 6%
– agricultura: 18%
– geração de eletricidade (gás natural, carvão e hidrelétricas): 27%
– transporte de mercadorias e passageiros: 16%
– indústria de manufatura (especialmente aço e cimento): 31%
O que cada um desses agrupamentos representa?
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Aparatos domésticos
Referem-se aos aparelhos como refrigerador e ar-condicionado que, além de usarem uma boa quantidade de energia, contêm produtos químicos que absorvem prontamente o calor do ambiente à medida que passam do estado líquido para o gasoso.
Quando fazem a transição de volta ao estado líquido, os aparelhos de refrigeração liberam o calor para o exterior antes de iniciarem um novo processo de resfriamento.
A indústria de refrigeração, por conta dos gases liberados e das substâncias químicas envolvidas nos processos, é altamente poluente e responsável por cerca de 10% das emissões globais de CO₂.
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Agricultura
No Brasil, o problema está na forma de produção agrícola que inclui extensas áreas de monocultura. As emissões de gás carbônico são decorrentes do uso da terra e pela conversão de regiões de florestas em terras agrícolas e pastos para o gado.
A queima ou o apodrecimento das florestas libera o carbono que estava armazenado nos troncos, folhas, raízes e solo. A parcela de emissão do setor da agricultura fica entre 8,5 bilhões e 16,5 bilhões de toneladas de gás carbônico-equivalente.
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Transporte e geração de energia
Os dois itens estão interligados, pois a principal fonte de energia hoje, em todo o mundo, é o carvão. E isso está relacionado com o transporte, já que a energia para movimentar os veículos vem, em sua maioria, da queima de gasolina e óleo diesel.
Na indústria, utiliza-se muito o gás natural e outros derivados de petróleo como o óleo combustível. Assim, toda essa queima de combustíveis fósseis emite grande quantidade de gases do efeito estufa para a atmosfera.
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Indústria da construção civil
São responsáveis por emitir grandes quantidades de gases causadores do efeito estufa. De acordo com estudiosos, nas cidades da Europa, as emissões de CO2 da indústria da construção correspondem aproximadamente a 30% do total das emissões.
Quais atividades humanas são responsáveis por agravar o aquecimento global?
Hoje em dia, para se ter acesso aos bens de consumo, é preciso que haja produção de energia e combustível para fabricação e transporte dos mesmos.
Outro fator é a produção de alimentos que gera consequências degradantes ao meio ambiente em razão do sistema de monocultura e latifúndio que impera no agronegócio.
Por isso, para atender as demandas de produção e entrega, as principais atividades humanas que elevam a emissão de gases do efeito estufa são:
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descarte de resíduos sólidos (excesso de lixo)
O descarte de lixo é um fator bastante preocupante, mas está entre os mais possíveis de serem transformados, pois está em nossas mãos, em nosso dia a dia.
Cada brasileiro gera, em média, 387 quilos de resíduos por ano, no entanto, apenas 58% desse lixo é destinado corretamente.
Os dados são da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), levantados em 2016.
Os resíduos sólidos que vão para os lixões e aterros sanitários, e não são reciclados, emitem gases de efeito estufa, principalmente metano.
Assim, uma separação do lixo em casa, uma coleta seletiva eficiente e a destinação correta por parte dos setores públicos seriam capazes de reduzir os danos.
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desmatamento
Desmatar, retirar árvores e florestas gera um impacto considerável no aquecimento global, já que os biomas têm a capacidade de captar gases de efeito estufa e reduzir o efeito adverso sobre a temperatura.
Assim, o desmatamento pode levar a temperatura a subir até 0,8°C nas próximas décadas, de acordo com cientistas.
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queimadas
As queimadas correspondem à liberação de milhões de toneladas extras de CO2 nos últimos anos e, além do CO2, o fogo deixa fuligem e carvão que, por pela tonalidade escura, absorvem muita luz solar e calor, o que contribui para o aumento da temperatura.
De acordo com o relatório Queimadas, Florestas e o Futuro: Uma Crise Fora de Controle?, produzido pela ONG WWF e o BCG (Boston Consulting Group), a ocorrência de queimadas entre abril e agosto de 2020 subiu 13% em relação a 2019, chegando a um novo recorde mundial.
Infelizmente, o Brasil, por causa das mudanças para uso do solo e do desmatamento, é um dos líderes mundiais na emissão de gases de efeito estufa.
Quando se desmata, há um desequilíbrio ambiental, já que se destroem áreas de florestas e de ecossistemas naturais, capazes de absorver e estocar CO².
- queima de combustíveis fósseis, derivados do petróleo, carvão mineral e gás natural (para gerar energia e realizar atividades industriais e de transportes)
Segundo relatório do Global Carbon Project, em 2018, as emissões de carbono provenientes de combustíveis fósseis chegaram a 10 gigatoneladas, ou 4,8 toneladas per capita.
- agropecuária e conversão do uso do solo (retirada da vegetação nativa e implantação de pastagens)
Segundo os Dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, referentes a 2019, as atividades da agropecuária estão relacionadas à emissão de quase um quarto dos gases de efeito estufa.
O fato ocorre, pois como dissemos, a produção se baseia em modelos não sustentáveis, que partem do desflorestamento para abrir espaço para pastagens dos animais e plantações, gerando desequilíbrio ecológico.
Quais danos causados pelo aquecimento global?
Entre as principais consequências do aquecimento global podemos destacar as temperaturas em elevação, os eventos climáticos extremos e o derretimento de geleiras.
Para ilustrar, temos o caso da pequena cidade Lytton, do Canadá, um país de clima temperado que pegou fogo em junho deste ano, depois de registrar temperaturas que chegaram a 49,6ºC.
De acordo com cientistas, o calor registrado na cidade do Canadá, durante três dias seguidos, pode ser considerado um extremo climático associado ao aquecimento global.
“(…) essa é a primeira vez que o Canadá apresenta essas temperaturas nos últimos 150 anos. A probabilidade de uma temperatura dessa ser registrada em Vancouver se não houvesse mudanças climáticas seria praticamente zero. Temperaturas extremas são previstas como uma das consequências do aquecimento global. Todos os modelos climáticos do IPCC mostram um aumento da frequência e da intensidade de eventos climáticos extremos, como esse.”
Paulo Artaxo, pesquisador da USP e integrante do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU.
O planeta Terra reage ao aquecimento global de várias formas. Assim, além do aumento da temperatura média do planeta observado pelos especialistas, há a elevação do nível do mar, devido ao derretimento das calotas polares. Este fato pode gerar o desaparecimento de ilhas e cidades litorâneas.
Outra consequência é a previsão de uma frequência maior de eventos climáticos devastadores como tempestades tropicais, inundações, ondas de calor, seca, nevascas, furacões, tornados e tsunamis.
Diante disso, podemos perceber como o aquecimento global pode significar graves danos aos seres humanos, às espécies animais e aos ecossistemas naturais.
Efeito estufa no planeta Vênus
Há, no entanto, contrapontos quando se fala em enfrentar as mudanças climáticas.
Pois, para alguns estudiosos, estamos em um caminho sem volta, já que o efeito estufa, recentemente, detectado em Vênus teria levado o planeta vizinho da Terra às “condições infernais”.
Segundo estudo realizado pela organização Europlanet Society, Vênus teria sido habitável durante 3 bilhões de anos com um clima semelhante ao nosso, no entanto, os efeitos de gases do efeito estufa, podem ter transformado o planeta em um lugar com a temperatura média atual de 462 ºC.
Ou seja, um lugar que teria registrado temperaturas entre 20 ºC e 50 ºC, durante grande parte de sua história, pode se transformar, em razão do efeito estufa, em um lugar completamente adverso à existência de vida.
Assim, o efeito estufa em Vênus coloca em cheque as ações que visam o enfrentamento das mudanças climáticas. Para os céticos, o efeito estufa seria algo “inevitável” e, sendo assim, impossível de ser mudado.
Qual a importância de olhar para o aquecimento global?
Mas nós aqui acreditamos nos movimentos conscientes e responsáveis hoje que podem transformar e mudar o jogo, como acreditam também muitos outros cientistas e especialistas.
Então, agora que entendemos o cenário no qual estamos inseridos e conseguimos visualizar as causas e as consequências do aquecimento global, vamos partir para as ações práticas e políticas públicas que visam o reequilíbrio do planeta?
O aquecimento global foi tratado na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 24), em 2018, que tentava negociar medidas para colocar em prática o Acordo de Paris.
O acordo estabelecido entre vários países, inclusive o Brasil, prevê o compromisso de assegurar que, em relação aos níveis pré-industriais, o aquecimento global se limite a 2 ºC ou, preferencialmente, a 1,5 °C.
No Brasil, a proteção da Floresta Amazônica e a redução no desmatamento estão entre as diretrizes firmadas no compromisso. No entanto, infelizmente, o que se vê é o aumento de ações que prejudicam as matas em defesa de um crescimento agrário.
Bill Gates em “Como Evitar um Desastre Climático”
Para além das discussões em instituições mundiais, como a ONU, as mudanças climáticas e o aquecimento global são temas abordados por figuras de renome e referência internacionais, como é o caso de Bill Gates, em seu livro Como Evitar um Desastre Climático, publicado pela Companhia das Letras.
Gates coloca em seu livro Como Evitar um Desastre Climático que o cenário atual de excessiva produção industrial e consumo e aponta as medidas possíveis de serem praticadas por organizações e pela sociedade como um todo.
O autor destaca que devemos pensar além da questão de comprar um carro elétrico ou comer menos carne. Para ele, a parte mais significativa depende dos sistemas mais amplos nos quais se desenrola a vida diária.
Então, o livro apresenta, para atingir a meta audaciosa de zerar as emissões de gases, quatro tecnologias essenciais para esse processo:
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Hidrogênio Verde
O hidrogênio verde é um elemento produzido com fontes limpas de energia, como energia solar e energia eólica. Trata-se de um grande avanço, já que poderá resolver muitos problemas no setor de manufatura e pode funcionar como alternativa para geração e energia.
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Biocombustível para Aviação
Trata-se del fazer uso do hidrogênio como combustível de aviões ou desenvolver um combustível com processos “verdes”, considerados limpos e chamados de “Green Aviation Fuel”. Mas, hoje em dia, seu custo ainda é o dobro do preço de um combustível normal.
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Captura direta de Carbono
Aqui, fala do processo de remoção de gás carbônico da atmosfera. Este processo já ocorre, naturalmente, em oceanos, florestas e outros locais nos quais os organismos, por meio da fotossíntese, capturam o carbono e lançam oxigênio na atmosfera, com a finalidade de conter e reverter o acúmulo de CO2 na atmosfera.
Mas já existem tecnologias promissoras capazes de remover esse carbono de um modo mais acelerado, porém ainda são alternativas com custo elevado.
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Energia Nuclear
A fonte de energia nuclear não é aceita universalmente como energia limpa por causa dos riscos, como lixo radioativo. No entanto, deve ser estudada e desenvolvida uma maneira para que possa ser aplicada sem causar danos ao ambiente. Existem já iniciativas com a finalidade de trazer maior segurança para essa forma de geração de energia.
E nós, o que podemos fazer de prático para conter o aquecimento global?
Por fim, o que há para ser feito? Nós, enquanto cidadãos e empresas, temos como mudar o rumo das coisas? Como fazer isso? Ora, com atitudes em nosso dia a dia, com mudanças simples de comportamento perante a natureza e as outras pessoas.
Para isso, listamos aqui dez ações para combater o aquecimento global da Akatu, organização sem fins lucrativos pioneira em ações para sensibilização, mobilização e engajamento da sociedade para o consumo consciente.
Acompanhe e faça esse movimento consciente em seu cotidiano:
- PREFERIR PRODUTOS DE MADEIRA CERTIFICADA
A destruição das matas nativas é a maior fonte de emissão de gases de efeito estufa no Brasil. Sabe-se que a maior parte de toda madeira extraída ilegalmente é vendida dentro do mercado brasileiro mesmo.
Então, para mudar isso, você pode comprar somente produtos e materiais de construção feitos com madeira certificada, aqueles que têm o selo FSC, ou o de madeira de reflorestamento.
- COMPRAR PRODUTOS FLORESTAIS SUSTENTÁVEIS
Como vimos, o desmatamento ilegal, sobretudo na Amazônia, é responsável por trazer sérios prejuízos ao meio ambiente e à sociedade pela perda de biodiversidade.
Então, você pode colaborar no combate ao desmatamento optando por comprar, por exemplo, produtos feitos pelas comunidades locais que vivem na Floresta Amazônica.
- USAR ÁLCOOL COMBUSTÍVEL E ANDAR MENOS DE AUTOMÓVEL
A queima dos combustíveis fósseis, como gasolina e diesel, é uma das causas do aquecimento global. E cada vez temos mais carros e veículos transitando de um lado para o outro.
Para se ter uma ideia, um carro médio, com gasolina, que roda trinta quilômetros por dia emite, em um ano, a quantidade de gases de efeito estufa que precisaria de 17 árvores crescendo durante 37 anos para ser absorvida. É muita coisa!
Então, repense a forma de se locomover. Tente reduzir o uso do automóvel e utilizar o transporte público ou bicicleta ou mesmo ir a pé quando for possível.
- REPENSAR O CONSUMO DE PRODUTOS
A fabricação de qualquer produto envolve extração e processamento de matéria-prima, uso de água e de energia na produção, além do gasto de combustível no transporte. Como já vimos, toda a cadeia causa a emissão de gases de efeito estufa.
Assim, para romper com esse ciclo, você pode repensar a necessidade antes de comprar um produto novo. Questionar-se se é mesmo necessário, se não é possível reaproveitar ou consertar o que está quebrado, que tal?
- COMPRAR DE EMPRESAS QUE EMITEM MENOS GASES DE EFEITO ESTUFA
Muitas empresas estão desenvolvendo ações para reduzir a emissão e estão, de fato, engajadas e preocupadas com os impactos gerados ao meio ambiente.
Então, você pode buscar por essas empresas e optar por seus produtos ou serviços. Você pode obter essas informações perguntando às próprias empresas, por meio do seu SAC ou consultando seus sites.
- COMBATER O DESPERDÍCIO
Os restos de comida representam um grande desperdício, já que compõem a maior parte do lixo produzido no país. Quando são depositados nos lixões ou aterros, os lixos orgânicos emitem gás metano na decomposição. O metano é 21 vezes mais potente que o gás carbônico como gerador de efeito estufa.
Então, você pode evitar o desperdício de alimentos em sua casa com ações simples, como planejar as compras e reaproveitar as sobras.
- DIMINUIR O CONSUMO DE CARNE E LEITE DE ORIGEM BOVINA
No processo de digestão, bois e vacas emitem metano, o mesmo gás que citamos acima, liberado pela decomposição do lixo orgânico, e 21 vezes mais poderoso que o gás carbônico em termos de efeito estufa.
Então, você pode repensar a sua alimentação substituindo a carne e os derivados de leite de origem bovina por outras fontes de proteína, como grãos e outros tipos de carne.
- SABER DE ONDE VEM A CARNE
A criação de gado na Amazônia é uma das principais causas da devastação da floresta. Como vimos, o desmatamento é a maior fonte de emissão de gases de efeito estufa no Brasil, responsável por 75% das emissões totais.
Então, você pode ir ao supermercado ou no açougue e pedir informações sobre a origem da carne e você pode dar preferência a comprar carnes de de empresas comprometidas em não ter fornecedores que trabalham em áreas desmatadas de forma ilgeal.
- SABER DE ONDE VEM A SOJA E SEUS DERIVADOS
A plantação de soja tem avançado na Amazônia e no Cerrado e muitas dessas áreas são desmatadas ilegalmente, afetando gravemente os ecossistemas.
Então, você pode procurar pela origem da soja ou de seus derivados (como farelo ou lecitina) presentes em vários alimentos, e só comprar os produtos que não tiverem origem em áreas desmatadas. Procure pela informação nos sites das empresas ou pergunte a elas pelo seu SAC.
- SEPARAR LIXO PARA RECICLAGEM
Deixar de jogar no lixo materiais como papel, vidro, plástico e alumínio, reciclando-os e usando-os como matéria-prima de novos produtos, é uma das ações mais importantes no Brasil para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Está, literalmente, em nossas mãos.
Então, você pode separar o lixo na sua casa e encaminhá-lo à reciclagem. Uma pesquisa mostra que se os brasileiros reciclassem todo o material reciclável que descartam, seria gerada uma riqueza de pelo menos R$ 8 bilhões anuais.
Acredite e faça esse movimento.
Para finalizar, destacamos que são por meio de atitudes individuais e coletivas, incentivadas e respaldadas por ações políticas, sociais e econômicas concretas, que poderemos enfrentar o aquecimento global e as mudanças climáticas.
Temos consciência de que não se trata de um desafio simples. Pelo contrário, é um dos maiores da nossa era que vive um paradoxo: temos de um lado, as tecnologias e produções em larga escala em expansão para dar conta de atender a demanda; do outro lado temos a necessidade vital de mudança de comportamento em relação ao consumo e à forma de viver na Terra para que possamos continuar a existir aqui.
Por isso, além de cobrar governantes e pressionar empresas a adotarem políticas socioambientais responsáveis, cada pessoa é responsável e deve contribuir no combate às mudanças climáticas ao rever seus hábitos de consumo e de vida.
Fazemos parte do todo e estamos integrados: seres humanos, florestas e animais.
Que outras energias renováveis evitam o aquecimento global?
O uso de energias renováveis, como dissemos, tem crescido rapidamente nos últimos anos, com o setor elétrico sendo o principal foco de fontes como a solar e eólica. Além disso, energias sustentáveis para o transporte também estão sendo desenvolvidas, apesar dos desafios enfrentados na transição. Diversas fontes de energia alternativas e tecnologias de armazenamento estão sendo exploradas em todo o mundo, com o objetivo de promover a sustentabilidade e reduzir os impactos negativos do aquecimento global. Algumas das principais incluem:
- Hidrogênio Verde: Já mencionado antes, porém veja mais alguns aspectos. Uma das principais apostas na transição para energias limpas é o hidrogênio verde. Ele é portátil, pode ser produzido em grande escala e permite a descarbonização de sistemas de energia. O hidrogênio verde tem aplicações em diversos setores da indústria e pode ser convertido em amônia, um insumo essencial para áreas como siderurgia, fertilizantes e refino de petróleo. Além disso, pode substituir o carvão na produção de aço e o gás natural no aquecimento industrial.
- Bio Combustível de Algas: Outra fonte promissora na transição para um sistema de energia sustentável é o biocombustível de algas. Pesquisadores dinamarqueses conseguiram utilizar esse biocombustível para mover um carro, que emite apenas um quinto das emissões de carbono dos combustíveis fósseis.
- Células Solares Orgânicas: Células solares orgânicas são uma alternativa mais acessível e eficiente à energia solar convencional. Elas podem ser recarregadas em movimento, tornando possíveis aplicações como guarda-chuvas e carregadores solares.
- Reciclagem de Pirólise: A reciclagem de pirólise permite transformar resíduos plásticos em óleo de qualidade, convertendo até 30.000 toneladas métricas de plástico por ano em matéria-prima para refinarias.
- Energia das Ondas do Mar: Vários países, incluindo o Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Noruega, estão desenvolvendo projetos para converter as ondas e marés do mar em energia.
- Redução de Emissões na Produção de Materiais: Inovações na produção de materiais podem ajudar a reduzir as emissões de dióxido de carbono. Exemplos incluem a utilização de turbinas eólicas para produzir calor na indústria siderúrgica e a substituição do carvão pelo hidrogênio.
- Bateria de Areia: Engenheiros finlandeses desenvolveram a primeira bateria de areia do mundo, capaz de armazenar energia verde por meses a fio. A areia é um excelente material para armazenar calor e pode ser usada para aquecer residências no inverno.
- Painéis Solares Avançados: Novas tecnologias de painéis solares, como a Flor Inteligente, que rastreia o movimento do sol, e o aureus, que capta raios ultravioleta mesmo em dias nublados, têm o potencial de tornar a energia solar mais eficiente
CICLO COP
Os encontros COP 26 e COP 27 foram reuniões anuais da Conferência das Partes (COP, na sigla em inglês) que fazem parte da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês). Essas conferências são organizadas com o objetivo de avaliar o progresso global em relação às metas de combate às mudanças climáticas e estabelecer novos compromissos entre os países membros.
COP26
Um belo exemplo foi então a Cop26 evento mundial que buscou, em 2021, adicionar compromissos sérios dos políticos de todos os países pelo mundo afora. Na oportunidade destacou-se a seriedade do momento para sobrevivência das gerações futuras e conferiu-se um destaque ao ataque na produção de gás metano, gás esse que se reduzido de forma importante terá o poder de evitar uma boa parte do aquecimento global a curto prazo.
Veja nos gráficos abaixo o potencial de melhoria e o impacto desse gaz.
COP27
A finalidade central da COP27, assim como das demais Conferências das Partes promovidas pela ONU, foi de congregar nações e participantes interessados para debater e estabelecer acordos voltados ao enfrentamento das alterações climáticas. As reuniões tiveram como objetivos:
- Verificar o andamento da implementação do Acordo de Paris e de outros compromissos internacionais relacionados ao clima.
- Definir novos objetivos e abordagens para diminuir as emissões de gases causadores do efeito estufa.
- Incentivar a colaboração global no combate às mudanças climáticas e na adaptação aos seus efeitos.
- Alocar recursos financeiros, tecnológicos e de desenvolvimento de habilidades para ajudar os países em desenvolvimento na transição para economias com baixa emissão de carbono e na adaptação aos impactos das mudanças climáticas.
- Ampliar a conscientização mundial e estimular ações práticas em todos os níveis sociais para lidar com os desafios climáticos.
A COP27, assim como todas as edições precedentes, procurou progredir em relação a esses propósitos, negociando pactos, estipulando metas e fomentando a interação entre governos, empresas, organizações não governamentais e a sociedade em geral.
A COP27 teve lugar no Egito, um evento internacional relevante realizado pela ONU sobre mudanças climáticas, que ocorre anualmente em diferentes nações. Em 2022, o Egito teve a honra de sediar a conferência.
Em novembro de 2022, a COP27 aconteceu, e seu encerramento ocorreu no domingo, 20 de novembro, após duas semanas de intensas negociações entre aproximadamente 200 países. O foco dessas discussões era enfrentar o desafio das mudanças climáticas globais.
A cúpula do clima da ONU, COP27, concluiu com um acordo notável sobre “perdas e danos”. No entanto, houve avanços limitados em outros aspectos fundamentais, como a erradicação dos combustíveis fósseis e a regulamentação do mercado de carbono.
O então presidente brasileiro, Lula, fez um pronunciamento destacando a importância da agenda climática e sugeriu que a COP30 ocorresse na Amazônia.
O acordo final enfatizou a meta de conter o aumento da temperatura global em 1,5°C. Contudo, não houve progresso significativo em relação à aceleração das medidas para reduzir as emissões.
As negociações sobre o mercado de carbono progrediram, mas muitas decisões foram postergadas para o próximo ano ou para um futuro mais distante.
Higiclear: consciência ambiental e social na limpeza e desinfecção
A Higiclear se preocupa e se posiciona como empresa responsável e consciente. Por isso, em suas soluções de limpeza e higienização oferece produtos certificados e capazes de gerar menos impactos ao meio ambiente e às pessoas.
Além disso, a Higiclear desenvolve ações personalizadas de limpeza profissional para cada cliente com a finalidade de reduzir os gastos e o consumo de embalagens e substâncias químicas nas organizações.
Outro aspecto são os acessórios para sabonetes e papéis e embalagens em spray que favorecem o uso dos produtos e evitam o desperdício. Cada atitude conta na hora de pensar com consciência social e coletiva.
Para saber mais, acesse nosso site e entre em contato com a gente. Será um prazer ajudar a encontrar formas de atuar com mais eficácia e responsabilidade.
Se vamos mesmo, evitar um desastre climático, devemos achar maneiras melhores de fazer quase tudo. Todas as partes da atual vida – desde a comida que comemos até os prédios em que habitamos – liberam gases, nossos alvo. Precisamos então, zerar essas emissões para evitar os piores efeitos das mudanças no clima do planeta.
Somos otimistas e sabemos que podemos fazer isso As inovações que representam uma melhoria significativa, em relação ao que veio antes são amplamente adotadas. A Internet já é um grande exemplo. Quando a nossa geração estava na infância, bem eu estou na faixa dos 50 anos de idade, tinhamos que passar uma tarde na biblioteca municipal, se quiséssemos pesquisar um novo tema. Hoje, podemos pegar nosso smartphone do bolso e encontrar o que precisamos saber em segundos.
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