O que é a Ficha FISPQ e por que ela é muito mais do que um documento obrigatório?
Quando falamos de segurança no uso de produtos químicos em ambientes profissionais, a ficha FISPQ deixa de ser apenas uma formalidade legal e se torna uma aliada essencial na proteção de pessoas, patrimônios e processos.
A sigla FISPQ significa Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos, um documento técnico padronizado pela ABNT NBR14725, que traz instruções claras sobre riscos, manuseio seguro, equipamentos de proteção, medidas de emergência e descarte responsável.
Muito além de um papel anexado ao produto, a FISPQ atua como um verdadeiro mapa de prevenção: ela orienta desde o técnico de limpeza até o gestor de facilities sobre como lidar corretamente com substâncias químicas, especialmente aquelas com potencial de causar danos à saúde ou ao meio ambiente.
Se você já se perguntou “o que é FISPQ?”, “por que ela é exigida?”, ou “quem deve fornecer?”, este artigo vai responder tudo isso com profundidade e objetividade.
Além disso, vamos mostrar como interpretar a ficha na prática, explorar as responsabilidades legais de quem a emite e discuti-la em contextos estratégicos — como treinamentos, auditorias e certificações.
Também será feita uma comparação com outros documentos similares, como FDS (Ficha de Dados de Segurança) e SDS (Safety Data Sheet), e você verá como esses termos se relacionam entre si globalmente.
Ao final, você vai entender não só o que significa FISPQ, mas também qual é a real importância da FISPQ para empresas que desejam atuar com responsabilidade, segurança e conformidade.
Caso prefira, você também pode aproveitar desse conteúdo em forma de áudio em nosso podcast de limpeza profissional:
CONTEÚDO:
- O que é FISPQ e o que significa?
- Qual é a base legal da FISPQ no Brasil?
- Estrutura da ficha FISPQ: seções obrigatórias
- Como interpretar uma ficha FISPQ na prática?
- Entenda a NBR14725: a norma por trás da FISPQ
- FISPQ e rótulo: o que muda na prática?
- FISPQ, FDS e SDS: qual a diferença e qual utilizar?
- Como a FISPQ impacta o setor de limpeza profissional?
- FISPQ em auditorias e certificações
- Responsabilidades legais e civis: quem deve fornecer e cobrar a FISPQ
- Validade da FISPQ: quando atualizar e como identificar uma versão antiga
- Como treinar sua equipe usando a FISPQ?
- O que acontece se uma empresa não tiver a FISPQ?
- FISPQ e sustentabilidade: orientações para descarte seguro
- Perguntas Frequentes (FAQ) sobre Ficha FISPQ
- Higiclear: sua parceira em proteção, conformidade e profissionalismo.
O que é FISPQ e o que significa?
A ficha FISPQ, ou Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos, é um documento técnico elaborado com base em critérios científicos e normativos. Seu objetivo é fornecer informações essenciais sobre os perigos e medidas de precaução no manuseio de substâncias e misturas químicas, em especial aquelas classificadas como perigosas.
A sigla FISPQ deriva da tradução brasileira de um padrão internacional: o sistema GHS – Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos, recomendado pela ONU. No Brasil, a elaboração e padronização da ficha é regida pela norma ABNT NBR14725, que determina sua estrutura, conteúdo e formato.
A FISPQ contém dados sobre:
-
Identificação do produto e do fabricante
-
Perigos físicos e à saúde
-
Composição química
-
Medidas de primeiros socorros
-
Combate a incêndio
-
Ações em caso de vazamento ou derramamento
-
Armazenamento e transporte
-
Equipamentos de proteção individual (EPIs)
-
Destinação ambiental e descarte
Essas informações são organizadas em 16 seções obrigatórias, apresentadas de forma clara e padronizada.
Ao compreender o que é FISPQ, entendemos que sua função vai além do cumprimento legal: ela assegura que todos os envolvidos no ciclo de vida do produto — do fabricante ao aplicador — tenham condições de trabalhar com segurança e responsabilidade.
Em resumo, ao se perguntar “o que significa FISPQ?”, saiba que ela representa a linha de frente entre o uso consciente e o risco químico. É um instrumento técnico de proteção à vida, ao meio ambiente e à integridade operacional das empresas.

A ficha FISPQ fornece informações detalhadas sobre os produtos químicos e seus riscos para a saúde humana e meio ambiente.
Qual é a base legal da FISPQ no Brasil?
A obrigatoriedade e a estrutura da ficha FISPQ no Brasil são definidas pela norma ABNT NBR14725, que regula a classificação, rotulagem e comunicação de perigos de produtos químicos. Essa norma técnica é reconhecida como a referência nacional para garantir a segurança no uso de substâncias perigosas, alinhando-se ao padrão internacional do GHS (Sistema Globalmente Harmonizado).
A norma ABNT NBR14725 é composta por quatro partes principais:
-
Parte 1 – Terminologia: define os termos usados nas fichas e rótulos;
-
Parte 2 – Critérios de classificação: estabelece os critérios para classificar os perigos físico-químicos e à saúde;
-
Parte 3 – Rotulagem: determina como os produtos devem ser rotulados;
-
Parte 4 – Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos: estrutura e orienta a elaboração da FISPQ.
Além da NBR14725, outras legislações reforçam a importância da FISPQ, como:
-
NR-26 (Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho): trata da sinalização de segurança e obriga a adoção do GHS;
-
NR-20: aborda a segurança em atividades com inflamáveis e combustíveis, exigindo o uso da FISPQ para análise de riscos;
-
Resoluções da ANVISA: em especial para o setor de saneantes, cosméticos e produtos para saúde, onde o risco químico é monitorado.
É importante destacar que a ficha FISPQ é obrigatória sempre que um produto químico apresentar perigo conforme os critérios da norma, independentemente do setor. Isso inclui indústrias, hospitais, empresas de limpeza, comércios e quaisquer ambientes onde substâncias químicas sejam manuseadas ou armazenadas.
SAIBA MAIS: Ammonia Quaternary: what is it and what are its advantages?
Portanto, o uso correto e a manutenção atualizada da ficha não são apenas boas práticas — são exigências legais, cuja inobservância pode resultar em autuações, interdições e riscos à saúde dos colaboradores.
Para visualizar modelos de FISPQ de produtos de limpeza, você pode acessar abaixo uma secção com vários modelos e produtos.
- Ficha FISPQ de Água Sanitaria;
- Ficha FISPQ Desengraxante;
- Ficha FISPQ Desinfetante;
- Ficha FISPQ Detergente Neutro;
- Ficha FISPQ Detergente;
- Ficha FISPQ Limpador Multiuso;
Estrutura da ficha FISPQ: seções obrigatórias
A ficha FISPQ deve conter uma estrutura padronizada com 16 seções obrigatórias, conforme determinado pela ABNT NBR14725 – Parte 4. Essa padronização permite que qualquer profissional, de qualquer setor, consiga localizar rapidamente as informações essenciais sobre o produto químico — especialmente em situações críticas como vazamentos, acidentes ou manuseio incorreto.
Abaixo, você confere um resumo de cada seção e sua função:
Seção | Título | Conteúdo |
---|---|---|
1 | Identificação do produto e da empresa | Nome comercial, fabricante, telefone de emergência |
2 | Identificação de perigos | Classificação GHS, pictogramas, frases de perigo |
3 | Composição e informações sobre os ingredientes | Ingredientes perigosos, CAS, concentrações |
4 | Medidas de primeiros socorros | Procedimentos para inalação, contato com a pele, olhos e ingestão |
5 | Medidas de combate a incêndio | Agentes extintores adequados, riscos específicos |
6 | Medidas de controle para derramamento ou vazamento | Técnicas de contenção, limpeza e prevenção de riscos |
7 | Manuseio e armazenamento | Condições seguras de uso, incompatibilidades, temperatura ideal |
8 | Controle de exposição e proteção individual | Limites de exposição ocupacional, EPIs recomendados |
9 | Propriedades físico-químicas | Aparência, pH, ponto de fulgor, solubilidade |
10 | Estabilidade e reatividade | Condições a evitar, produtos perigosos da decomposição |
11 | Informações toxicológicas | Efeitos à saúde, toxicidade aguda, sensibilização |
12 | Informações ecológicas | Potencial de contaminação ambiental, biodegradabilidade |
13 | Considerações sobre tratamento e disposição | Métodos de descarte e legislação aplicável |
14 | Informações sobre transporte | Classificação de risco, número ONU, regulamentações |
15 | Regulamentações | Normas e leis aplicáveis ao produto |
16 | Outras informações | Fontes dos dados, abreviações, orientações adicionais |
Essa organização facilita a consulta rápida e precisa, especialmente por técnicos de segurança, profissionais de limpeza, gestores de facilities e auditores.
Vale lembrar que todas essas seções devem estar preenchidas de forma clara, objetiva e sem omissões — caso contrário, a ficha pode ser considerada inválida do ponto de vista legal e técnico.
Como interpretar uma ficha FISPQ na prática?
Saber que a ficha FISPQ contém 16 seções é importante, mas saber como interpretá-la corretamente é o que realmente garante segurança e eficiência no dia a dia — especialmente em ambientes como hospitais, cozinhas industriais, escolas e indústrias alimentícias.
A seguir, apresentamos um guia prático de interpretação, com foco em quem lida com produtos de limpeza profissional.
1. Comece pela Seção 2 – Identificação de perigos
Essa seção informa se o produto é corrosivo, inflamável, tóxico, irritante ou prejudicial ao meio ambiente. Ela apresenta pictogramas, frases de perigo e classificação segundo o GHS.
Exemplo prático: Se um desinfetante tem pictograma de corrosivo, a equipe de limpeza deve redobrar o cuidado com o uso de luvas e óculos de proteção.
2. Consulte a Seção 8 – Controle de exposição e proteção individual
Aqui estão os EPIs recomendados para o manuseio seguro do produto. Isso é crucial para as equipes de campo, pois erros nessa leitura podem levar a acidentes ou afastamentos por dermatites, intoxicações ou problemas respiratórios.
3. Verifique a Seção 4 – Medidas de primeiros socorros
Esta seção é indispensável para os responsáveis por treinamentos operacionais e segurança do trabalho. Nela, constam os procedimentos de emergência em caso de:
-
Contato com os olhos
-
Ingestão acidental
-
Inalação excessiva
-
Contato com a pele
Importante: a ficha também informa se há necessidade de levar o paciente ao médico com a FISPQ em mãos.
4. Avalie a Seção 7 – Manuseio e armazenamento
Essa parte orienta como armazenar o produto corretamente, evitando acidentes como explosões, vazamentos ou reações perigosas. Também especifica se o produto não pode ficar próximo a calor, umidade, ou ser misturado com outras substâncias.
5. Não ignore a Seção 13 – Considerações sobre tratamento e disposição
Muitas empresas negligenciam o descarte correto, o que pode causar problemas ambientais e legais. Essa seção explica como eliminar resíduos e embalagens, respeitando legislações ambientais e diretrizes de sustentabilidade.
Dica adicional: cruzamento de informações
Para equipes de compras ou de facilities, interpretar uma FISPQ vai além da leitura linear. É preciso cruzar dados entre seções. Por exemplo:
-
Se a Seção 2 indica toxicidade e a Seção 8 não recomenda respirador, há um possível erro.
-
Se a Seção 13 recomenda incineração e a empresa não tem estrutura para isso, o fornecedor deve ser reavaliado.
Atenção à linguagem técnica
A importância da FISPQ também está em sua clareza. Sempre que a ficha estiver com vocabulário excessivamente técnico, desatualizado ou incompleto, é recomendável solicitar revisão ao fornecedor.
Ao aplicar esse olhar crítico e prático, sua equipe estará muito mais preparada para trabalhar com segurança e garantir conformidade com a nbr14725 e demais normas regulamentadoras.
Entenda a NBR14725: a norma por trás da FISPQ
A ABNT NBR14725 é a norma técnica brasileira que regulamenta a classificação, rotulagem e comunicação de perigos de produtos químicos. Ela é a base normativa da ficha FISPQ no Brasil e segue os princípios do GHS – Sistema Globalmente Harmonizado, criado pela ONU.
Seu principal objetivo é garantir que as informações sobre produtos químicos perigosos sejam claras, padronizadas e acessíveis para todos os envolvidos na cadeia de produção, distribuição, aplicação e descarte desses produtos.
O que significa NBR14725 na prática?
A norma é dividida em quatro partes principais:
-
Parte 1 – Terminologia: define os termos técnicos utilizados na comunicação de perigos;
-
Parte 2 – Critérios de classificação: estabelece como classificar perigos físicos, toxicológicos e ambientais;
-
Parte 3 – Rotulagem: determina os elementos obrigatórios nos rótulos, como pictogramas, frases de risco e de precaução;
-
Parte 4 – Ficha FISPQ: define a estrutura e o conteúdo obrigatório das 16 seções da ficha de segurança.
Quem deve seguir a NBR14725?
A norma é obrigatória para:
-
Fabricantes, formuladores e importadores de produtos químicos classificados como perigosos;
-
Distribuidores e revendedores, que devem repassar a FISPQ original ao cliente;
-
Empresas usuárias, que precisam manter as fichas acessíveis e utilizá-las como referência para segurança, treinamentos e descarte.
Importância prática da NBR14725
Estar em conformidade com a NBR14725 é fundamental para:
-
Evitar autuações trabalhistas, ambientais e sanitárias
-
Atender auditorias de certificações como ISO, HACCP e ONA
-
Elaborar POPs, fichas de EPI e protocolos baseados em critérios reconhecidos
-
Proteger a equipe de riscos químicos com base em informação técnica confiável.
Resumo: a NBR14725 é o alicerce técnico e legal que dá forma à FISPQ e à comunicação de riscos químicos no Brasil. Conhecê-la e aplicá-la é uma prática indispensável para qualquer empresa que atua com segurança, responsabilidade e foco em excelência operacional.
FISPQ e rótulo: o que muda na prática?
Uma dúvida comum nas empresas que lidam com produtos químicos é se o rótulo já basta para garantir a segurança ou se ele substitui a ficha FISPQ. A resposta é direta: não substitui. Cada um tem uma função específica, e ambos são obrigatórios segundo a ABNT NBR14725.
Função do rótulo
O rótulo é uma ferramenta de comunicação rápida e visual, ideal para uso imediato. Ele traz informações resumidas e essenciais, úteis principalmente no local de aplicação, como:
-
Nome do produto
-
Pictogramas de perigo (conforme o GHS)
-
Frases de advertência e precaução (ex: “evite inalar vapores”, “mantenha fora do alcance de crianças”)
-
Medidas de primeiros socorros resumidas
-
Nome e telefone do fabricante
Ele é voltado para identificação e prevenção no ponto de uso — como galões, frascos, bombonas e embalagens secundárias.
Função da FISPQ
Já a ficha FISPQ – Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos é um documento completo, técnico e detalhado. Ela serve para consulta e gestão, trazendo informações aprofundadas que não cabem no rótulo, como:
-
Composição química com concentração de cada ingrediente
-
Toxicidade, reatividade e riscos à saúde
-
Equipamentos de proteção recomendados
-
Procedimentos para emergências, vazamentos e incêndios
-
Instruções sobre descarte e transporte
A FISPQ é essencial para treinamentos, análises de risco, auditorias, protocolos operacionais e fichas de EPIs.
Item | Rótulo | Ficha FISPQ |
---|---|---|
Objetivo | Informar rapidamente os perigos e precauções básicas | Fornecer todas as informações técnicas e de segurança |
Nível de detalhe | Resumido e visual | Completo e aprofundado |
Público | Operadores e aplicadores | Supervisores, técnicos, segurança do trabalho, auditores |
Formato | Impresso no produto | Documento separado (digital ou impresso) |
Obrigatoriedade | Sim, conforme NBR14725 (Parte 3) | Sim, conforme NBR14725 (Parte 4) |
Conclusão prática
Enquanto o rótulo é ideal para uso imediato, a ficha FISPQ é indispensável para o planejamento, controle e segurança ampliada no ambiente de trabalho. Ignorar qualquer um dos dois compromete a conformidade legal e, mais grave ainda, a saúde dos colaboradores.
FISPQ, FDS e SDS: qual a diferença e qual utilizar?
Se você atua com produtos químicos — especialmente em ambientes regulados como hospitais, indústrias ou empresas certificadas — já deve ter encontrado documentos chamados FDS (Ficha de Dados de Segurança) ou SDS (Safety Data Sheet). Mas afinal, qual a diferença entre esses termos e a ficha FISPQ?
A resposta está na normatização por país e idioma, mas a função é a mesma: comunicar riscos e orientar o uso seguro de produtos químicos. Todas essas versões seguem o modelo internacional proposto pelo GHS (Sistema Globalmente Harmonizado), criado pela ONU.
FISPQ no Brasil
No Brasil, a terminologia oficial é FISPQ – Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos, conforme estabelece a norma ABNT NBR14725. Ela determina não só o conteúdo técnico, mas também o formato e a organização da ficha em 16 seções padronizadas.
FDS em países de língua portuguesa (fora do Brasil)
Em Portugal e em outros países que utilizam o português europeu, o documento equivalente recebe o nome de FDS – Ficha de Dados de Segurança, regido por normas do regulamento europeu REACH (Regulation EC nº 1907/2006).
SDS: a versão em inglês
Já a SDS – Safety Data Sheet é o nome mais conhecido globalmente, usado nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália e em qualquer país ou organização que adote o inglês técnico. Ela tem a mesma estrutura básica da FISPQ, com pequenas variações conforme a norma de cada país (como a OSHA nos EUA).
Tabela comparativa entre FISPQ, FDS e SDS
Sigla | Nome completo | Idioma | Normativa | Uso geográfico |
---|---|---|---|---|
FISPQ | Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos | Português (Brasil) | ABNT NBR14725 | Brasil |
FDS | Ficha de Dados de Segurança | Português (Portugal) | Regulamento REACH (CE) | União Europeia |
SDS | Safety Data Sheet | Inglês | GHS / OSHA / CLP | EUA, Reino Unido, Canadá, padrão global |
Qual utilizar?
Se você está atuando no Brasil e seu fornecedor também, o documento correto a exigir é a FISPQ, emitida segundo os critérios da NBR14725.
Por outro lado, se o produto é importado ou sua empresa segue normas internacionais (como ISO, ONA, HACCP, entre outras), é comum trabalhar com SDS ou FDS, desde que traduzidas e adaptadas às exigências brasileiras.
Compreender essas diferenças é fundamental não só para manter a conformidade regulatória, mas também para evitar erros na análise de risco, facilitar auditorias internacionais e garantir a segurança em todas as etapas do processo.

Comparativo entre FISPQ FDS e SDS
Como a FISPQ impacta o setor de limpeza profissional?
Em empresas que atuam com limpeza profissional — sejam prestadoras de serviço, hospitais, indústrias, escolas ou shoppings — o uso de produtos químicos é constante. E, na maioria das vezes, esses produtos apresentam algum grau de perigo, seja por irritação, toxicidade, inflamabilidade ou reatividade.
Nesse cenário, a ficha FISPQ se torna um documento estratégico para garantir:
-
A integridade da equipe operacional
-
A conformidade com normas legais e sanitárias
-
A redução de riscos em ambientes sensíveis
-
A rastreabilidade de procedimentos em auditorias
1. Proteção da saúde ocupacional
A importância da FISPQ se revela no dia a dia dos operadores de limpeza. Ela orienta exatamente quais EPIs devem ser usados, quais riscos químicos estão presentes e como proceder em caso de acidentes.
Exemplo prático:
Um limpador ácido para banheiros pode conter substâncias corrosivas. Sem consultar a FISPQ, o operador pode aplicar o produto sem proteção adequada e sofrer queimaduras químicas ou inalação tóxica. Com a FISPQ em mãos, esse risco é antecipado e neutralizado.
2. Prevenção de contaminação cruzada
Ambientes como hospitais, clínicas e cozinhas industriais exigem controle rigoroso sobre contaminação microbiológica. A FISPQ fornece informações sobre:
-
Tempo de ação de desinfetantes
-
Compatibilidade com superfícies
-
Procedimentos de diluição
-
Necessidade de enxágue ou não
Esses dados são fundamentais para garantir a eficácia da higienização sem comprometer a saúde de pacientes ou consumidores.
3. Base para treinamentos e padronização
Empresas sérias utilizam a ficha FISPQ como material base em seus treinamentos periódicos. Ela permite:
-
Criar protocolos operacionais padronizados (POP)
-
Elaborar fichas de EPI específicas por produto
-
Capacitar supervisores e novos colaboradores
Além disso, facilita o cumprimento de exigências da NR-20, da ANVISA e de certificações como ISO 45001 e ONA.
4. Apoio a compras técnicas e substituição segura de produtos
Equipes de compras, ao analisar diferentes fornecedores, devem comparar as FISPQs para entender o nível de segurança dos produtos. Dois detergentes neutros podem parecer similares, mas ter:
-
Composições químicas distintas
-
Riscos toxicológicos diferentes
-
Exigências de armazenamento ou descarte incompatíveis com a operação
A leitura crítica da FISPQ ajuda a tomar decisões mais seguras e sustentáveis.
Em resumo, a ficha FISPQ é muito mais do que um documento burocrático: ela é uma ferramenta de prevenção, gestão e eficiência no setor de limpeza profissional.
FISPQ em auditorias e certificações
Empresas que prestam serviços de limpeza profissional — principalmente em hospitais, indústrias, cozinhas, redes de varejo ou ambientes escolares — são frequentemente submetidas a auditorias internas e externas. E nesse contexto, a ficha FISPQ é um dos documentos mais requisitados para comprovar conformidade, segurança e controle operacional.
Normas e certificações que exigem a FISPQ
A seguir, algumas das certificações mais comuns que incluem a Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos como item obrigatório ou fortemente recomendado:
-
ISO 45001: segurança e saúde ocupacional
-
ISO 14001: gestão ambiental (com foco em descarte e armazenamento)
-
HACCP e APPCC: segurança alimentar (controle de perigos químicos)
-
ONA e JCI: certificações hospitalares com foco em gestão de risco
-
NRs do Ministério do Trabalho, como NR-20, NR-26, NR-9
Nesses cenários, o auditor pode solicitar:
-
Todas as FISPQs atualizadas dos produtos utilizados
-
Comprovação de que os colaboradores foram treinados com base nelas
-
Protocolos de armazenamento e descarte alinhados ao que está descrito nas fichas.
Riscos de não apresentar a FISPQ
A ausência ou desatualização da ficha pode resultar em:
-
Advertência formal
-
Pontuação negativa na auditoria
-
Reprovação de fornecedores ou prestadores
-
Multas ou interdição da operação, especialmente em ambientes críticos como UTIs, centros cirúrgicos ou áreas de manipulação de alimentos.
Checklist de conformidade com FISPQs
Aqui está uma sugestão de itens que sua empresa pode verificar antes de uma auditoria:
-
Todas as fichas FISPQ estão atualizadas (últimos 3 anos)?
-
A equipe de limpeza foi treinada sobre os riscos dos produtos utilizados?
-
Os EPIs indicados na FISPQ estão disponíveis e sendo usados?
-
Há controle sobre o local e forma de armazenamento conforme as orientações da ficha?
-
Os resíduos e embalagens são descartados de acordo com as instruções da Seção 13?
Ao organizar corretamente suas FISPQs, sua empresa demonstra maturidade operacional, responsabilidade legal e compromisso com a segurança. Esse é um diferencial competitivo que fortalece a reputação da marca e aumenta a confiança dos clientes — especialmente em licitações e grandes contratos.
Responsabilidades legais e civis: quem deve fornecer e cobrar a FISPQ
A ficha FISPQ, conforme definido pela ABNT NBR14725, não é apenas uma recomendação — ela é obrigatória sempre que um produto químico for classificado como perigoso. Isso significa que existem responsabilidades claras e intransferíveis para fabricantes, distribuidores e clientes.
Responsabilidade do fabricante ou importador
-
Emitir a Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) conforme os critérios técnicos da NBR14725.
-
Garantir que todas as informações estejam completas, claras e atualizadas.
-
Fornecer a FISPQ gratuitamente, preferencialmente em meio digital, sempre que solicitado.
-
Atualizar a ficha sempre que houver mudanças na formulação, em normas legais ou novas descobertas toxicológicas.
Não fornecer a FISPQ, ou entregá-la de forma incompleta, pode resultar em infrações sanitárias, ambientais e trabalhistas, com possibilidade de multas, interdições e processos judiciais.
Responsabilidade do distribuidor ou revendedor
-
Disponibilizar a ficha FISPQ sempre que repassar o produto ao cliente.
-
Certificar-se de que a ficha do fabricante está em conformidade com a norma.
-
Não é permitido modificar a FISPQ original, mas pode-se anexar observações complementares, como dados da revenda ou aplicação recomendada.
Responsabilidade do cliente (usuário final)
-
Exigir a ficha FISPQ no momento da compra, como parte do processo de qualificação de fornecedores.
-
Manter uma cópia atualizada e acessível nos locais de armazenamento ou uso do produto.
-
Utilizar a FISPQ como base para treinamentos, elaboração de POPs e avaliação de riscos ocupacionais.
-
Atualizar a documentação interna quando houver mudanças na versão da FISPQ.
E se a FISPQ não for exigida ou utilizada?
A omissão na solicitação ou utilização da ficha pode gerar:
-
Acidentes de trabalho evitáveis, por uso incorreto do produto ou falta de EPI adequado;
-
Riscos ambientais, como descarte inadequado ou armazenamento inseguro;
-
Responsabilidade civil da empresa, caso um colaborador sofra danos por não ter sido adequadamente informado;
-
Penalidades em auditorias, fiscalizações e contratos com exigência legal ou certificações ISO, ONA ou HACCP.
Concluir a cadeia de fornecimento sem a FISPQ é negligenciar a segurança, a legislação e a integridade da operação. Exigir e interpretar a ficha corretamente é tão essencial quanto entregar um produto eficiente.
Opinião do Especialista:
“Sempre digo aos meus clientes: a FISPQ é mais do que uma obrigação legal — ela é um selo de confiança. Quando você recebe uma ficha clara, atualizada e bem estruturada, sabe que está comprando de uma empresa séria, que respeita o seu time e o meio ambiente.”
Carlos Mendes – Consultor técnico-comercial com mais de 15 anos de atuação no setor de limpeza profissional
Validade da FISPQ: quando atualizar e como identificar uma versão antiga
Ao contrário de outros documentos regulatórios, a ficha FISPQ não possui um prazo de validade fixo por lei. No entanto, a ABNT NBR14725 determina critérios específicos que obrigam sua atualização, com foco em manter as informações sempre atualizadas, seguras e coerentes com a realidade do produto.
Quando a FISPQ deve ser atualizada?
De acordo com a norma, a ficha deve ser revisada obrigatoriamente nas seguintes situações:
-
Alteração na composição do produto químico (mudança de ingredientes ou suas concentrações)
-
Revisão na classificação de perigo, conforme atualizações do GHS
-
Novas informações toxicológicas ou ambientais relevantes sobre o produto
-
Mudanças na legislação nacional (como NR-26, NR-20, ANVISA, etc.)
-
A cada 3 anos, mesmo que não haja alterações, é altamente recomendado revisar o documento como prática de conformidade e prevenção
Como saber se uma FISPQ está desatualizada?
Aqui estão alguns sinais práticos:
-
A data da última revisão (normalmente na Seção 16) é anterior a 3 anos
-
O layout não segue a estrutura das 16 seções obrigatórias
-
Ausência de pictogramas GHS, frases de perigo e precaução padronizadas
-
Incompatibilidade entre riscos descritos e a classificação GHS da Seção 2
-
Uso de terminologias antigas, como “MSDS” no lugar de FISPQ ou SDS
Riscos de operar com FISPQ desatualizada
Trabalhar com uma ficha fora de conformidade compromete:
-
A segurança dos colaboradores (uso incorreto de EPIs ou manuseio equivocado)
-
A eficácia dos treinamentos
-
A validade de auditorias e certificações
-
A responsabilidade civil e penal da empresa em caso de acidente
Boa prática: controle de versões e revisão periódica
Empresas organizadas mantêm um controle interno das FISPQs por produto, com registro de:
-
Data de recebimento
-
Versão da ficha
-
Origem do fornecedor
-
Registro de treinamento vinculado àquela versão
Esse controle permite agir com agilidade sempre que uma ficha for atualizada, além de demonstrar maturidade técnica em auditorias.
A importância da FISPQ também está na sua atualização. Um documento tecnicamente correto, mas desatualizado, pode ser tão perigoso quanto a ausência total da informação.

Ciclo de Atualização da FISPQ
Como treinar sua equipe usando a FISPQ?
Um dos maiores erros nas empresas que utilizam produtos químicos é ter a ficha FISPQ arquivada, mas não integrada à rotina. Deixar esse documento técnico fora do alcance da equipe operacional é desperdiçar seu potencial como ferramenta de capacitação e prevenção.
A boa notícia é que a FISPQ pode — e deve — ser incorporada aos treinamentos de segurança, qualidade e rotina operacional, mesmo em empresas com equipes externas ou rotatividade alta.
1. Use a FISPQ como base para o DDS (Diálogo Diário de Segurança)
As informações da ficha podem ser transformadas em mensagens rápidas para treinamentos diários, com foco no produto que será usado naquele turno.
Exemplo de DDS:
“Hoje vamos usar o desengordurante X. Segundo a ficha FISPQ, ele é irritante para os olhos e pele. Devemos usar óculos, luvas nitrílicas e máscara. Em caso de respingo, lavar imediatamente com água e avisar o supervisor.”
2. Crie fichas-resumo com base na FISPQ
Você pode transformar as informações da ficha original em fichas de campo mais simples, com linguagem visual e direta. Inclua:
-
Nome e uso do produto
-
Principais perigos (com pictogramas)
-
EPIs obrigatórios
-
Instruções de primeiros socorros
-
Telefone de emergência
Esses resumos podem ser colados em armários de EPI, dispensers, carrinhos de limpeza ou painéis de segurança.
3. Use a Seção 8 e Seção 4 como roteiro de capacitação
Essas seções — proteção individual e primeiros socorros — são ideais para roteiros de treinamentos. Podem ser usadas para:
-
Simulações práticas
-
Avaliações de conhecimento
-
Criação de checklists e protocolos operacionais.
4. Documente o uso da FISPQ no treinamento
Para fins de auditorias, certificações e responsabilidade legal, é importante:
-
Registrar que a FISPQ foi usada no treinamento
-
Arquivar a versão utilizada
-
Obter assinatura ou presença em lista de controle de capacitação.
5. Atualize os treinamentos sempre que a FISPQ for revisada
Sempre que uma nova versão da ficha for emitida, revise os materiais de apoio, POPs e DDS relacionados ao produto.
Treinamento técnico da Higiclear: segurança aplicada à prática
A Higiclear oferece treinamentos técnicos sobre o uso seguro de produtos químicos, com base nas informações contidas nas FISPQs dos produtos comercializados. Esse treinamento inclui:
-
Interpretação da ficha FISPQ
-
Aplicação correta dos produtos conforme riscos identificados
-
Escolha e uso de EPIs adequados
-
Orientações sobre armazenamento, diluição e descarte
Esse programa é personalizado para cada cliente, considerando o segmento (hospitalar, alimentício, institucional ou industrial), e pode ser integrado aos protocolos de segurança e capacitação exigidos por normas como ISO, NR-20 e ONA.
A importância da FISPQ vai muito além da conformidade documental. Quando usada como ferramenta educativa e aliada a treinamentos de qualidade, ela valoriza a cultura de segurança, fortalece a equipe e reduz riscos reais na operação.
O que acontece se uma empresa não tiver a FISPQ?
Ignorar a obrigatoriedade da ficha FISPQ é um erro que pode custar caro — tanto do ponto de vista legal quanto operacional. Empresas que armazenam, transportam ou utilizam produtos químicos classificados como perigosos sem manter a FISPQ acessível e atualizada estão sujeitas a sanções que vão desde autuações administrativas até processos judiciais por negligência.
1. Multas e penalidades legais
Diversas legislações exigem a presença da FISPQ, entre elas:
-
NR-26, que determina a rotulagem preventiva de produtos químicos e a comunicação de perigos;
-
NR-20, que trata da segurança em atividades com inflamáveis e combustíveis;
-
Normas da ANVISA e da vigilância sanitária local, especialmente no setor hospitalar e alimentício;
-
Requisitos do Meio Ambiente, via órgãos como CETESB, IBAMA e secretarias estaduais.
A ausência da FISPQ pode resultar em:
-
Multas que variam conforme a gravidade da infração
-
Interdição temporária da operação
-
Desqualificação em licitações públicas ou certificações
2. Responsabilidade civil em caso de acidentes
Se ocorrer um acidente com produto químico e a empresa não conseguir comprovar que forneceu as informações da FISPQ ao colaborador, ela pode ser responsabilizada civil e penalmente. Os riscos incluem:
-
Indenizações por danos à saúde
-
Processos trabalhistas
-
Ações por negligência ou imperícia na prevenção de riscos
Mesmo em casos leves, como dermatites ou intoxicações por inalação, a ausência da ficha compromete a defesa da empresa.
3. Fragilidade em auditorias e contratos
Empresas que buscam certificações como ISO 45001, ISO 14001, ONA ou HACCP, ou que atuam com contratos rigorosos (por exemplo, com hospitais, indústrias alimentícias ou redes de varejo) precisam comprovar controle sobre os produtos químicos utilizados.
A falta da FISPQ pode gerar:
-
Desclassificação como fornecedor
-
Perda de contratos
-
Penalizações em auditorias internas e externas
4. Danos à imagem e à reputação corporativa
Um vazamento químico, um acidente com colaborador ou uma inspeção que revele ausência de FISPQs pode rapidamente virar notícia negativa, manchando a reputação da empresa, especialmente em tempos em que sustentabilidade, responsabilidade social e boas práticas são fortemente valorizadas.
A ausência da FISPQ não é apenas uma falha documental — é uma vulnerabilidade estratégica. Empresas que desejam operar com segurança, profissionalismo e credibilidade devem não só manter as fichas atualizadas, mas garantir que sejam compreendidas e aplicadas em toda a cadeia operacional.
FISPQ e sustentabilidade: orientações para descarte seguro
A ficha FISPQ não é apenas um documento voltado à saúde e segurança ocupacional — ela também desempenha um papel essencial no controle ambiental e na sustentabilidade operacional.
Por meio da Seção 13 – Considerações sobre tratamento e disposição, a FISPQ orienta empresas sobre como descartar resíduos e embalagens de forma segura, evitando contaminações e atendendo às exigências da legislação ambiental brasileira.
Responsabilidade ambiental começa na FISPQ
Essa seção traz informações como:
-
Classificação do resíduo gerado (perigoso ou não perigoso)
-
Recomendação de descarte (ex: incineração, aterro industrial, coleta especial)
-
Instruções sobre tratamento prévio, segregação e contenção
-
Riscos de contaminação do solo, da água ou do ar
Seguir essas recomendações é fundamental para:
-
Evitar passivos ambientais e multas da CETESB, IBAMA e órgãos locais
-
Prevenir contaminação de mananciais e áreas sensíveis
-
Cumprir normas de gestão ambiental como a ISO 14001
Embalagens contaminadas também precisam de atenção
É comum que embalagens de produtos químicos sejam descartadas de forma inadequada. A FISPQ orienta se a embalagem pode ser:
-
Reutilizada (caso não apresente risco residual)
-
Encaminhada para reciclagem (com ou sem lavagem prévia)
-
Destinada como resíduo perigoso (quando contaminada por substância tóxica ou corrosiva)
Empresas alinhadas com boas práticas de ESG devem seguir essas diretrizes com rigor, inclusive treinando sua equipe para identificar os resíduos com base nas FISPQs.
Exemplo prático: produto de limpeza desinfetante
Imagine um desinfetante hospitalar com quaternários de amônio. A Seção 13 da FISPQ pode informar:
-
Que o produto residual não deve ser descartado na rede pluvial
-
Que a embalagem deve ser encaminhada como resíduo perigoso
-
Que o local de armazenamento deve ter piso impermeável e sistema de contenção
Ignorar essas informações pode comprometer tanto o meio ambiente quanto a responsabilidade legal da empresa.
Higiclear e descarte responsável
Todos os produtos da Higiclear acompanham fichas FISPQ com orientações de descarte compatíveis com a legislação ambiental vigente. Além disso, a empresa orienta seus clientes sobre:
-
Rotinas de segregação e armazenagem temporária de resíduos
-
Soluções de diluição segura que reduzem o impacto ambiental
-
Adoção de produtos com melhor perfil toxicológico e biodegradabilidade
Essa é uma forma concreta de alinhar segurança química com responsabilidade socioambiental, tema cada vez mais valorizado por mercados regulados, licitações públicas e certificações internacionais.

A mensuração do impacto ambiental do produto químico também está presente na Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos
Perguntas Frequentes (FAQ) sobre Ficha FISPQ
O que é ficha FISPQ?
A ficha FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos) é um documento técnico obrigatório que descreve os perigos, medidas de proteção e procedimentos de emergência relacionados ao uso de produtos químicos perigosos. Ela é padronizada pela norma ABNT NBR14725 e deve ser fornecida por fabricantes e importadores.
FISPQ e FDS são a mesma coisa?
Sim. A FISPQ é a versão brasileira da FDS (Ficha de Dados de Segurança), ambas baseadas no sistema GHS da ONU. O que muda é o idioma e a norma reguladora. Fora do Brasil, o mesmo documento é chamado de SDS (Safety Data Sheet).
Quem deve fornecer a ficha FISPQ?
O fabricante ou importador do produto químico é o responsável legal por elaborar e fornecer a ficha FISPQ de forma gratuita e atualizada. Distribuidores também devem disponibilizar a ficha sempre que repassarem o produto.
FISPQ é obrigatória para todo produto químico?
A FISPQ é obrigatória para todo produto classificado como perigoso, segundo os critérios da ABNT NBR14725. Produtos não perigosos não precisam ter FISPQ, mas muitos fornecedores a oferecem voluntariamente por boas práticas.
Qual é a validade da ficha FISPQ?
Não há um prazo fixo de validade, mas a FISPQ deve ser atualizada sempre que houver mudanças na formulação, classificação do produto, legislação ou surgirem novas informações toxicológicas. A recomendação técnica é revisar o documento a cada 3 anos.
Posso usar um produto químico sem ter acesso à FISPQ?
Não. Utilizar produtos químicos sem a FISPQ expõe a empresa a riscos legais, sanitários e operacionais. Além de ser exigida por lei, a FISPQ é essencial para a escolha de EPIs, orientação de treinamentos e resposta a acidentes.
Higiclear: sua parceira em proteção, conformidade e profissionalismo.
Ao longo deste artigo, vimos que a ficha FISPQ está longe de ser apenas uma exigência burocrática. Ela é um instrumento essencial de gestão de riscos, treinamento de equipes, conformidade com normas regulatórias e até diferencial competitivo para empresas que atuam com produtos químicos — como hospitais, indústrias, cozinhas e facilities.
Com base na ABNT NBR14725, a FISPQ garante que todos os envolvidos — de operadores a gestores — tenham acesso a informações técnicas claras sobre perigos, EPIs, descarte, primeiros socorros e boas práticas de uso.
Ao exigir, ler, aplicar e treinar com base na FISPQ, sua empresa demonstra comprometimento com a saúde ocupacional, a responsabilidade ambiental e a excelência operacional.
Quer garantir segurança total e conformidade em sua operação?
A Higiclear oferece:
-
Produtos com fichas FISPQ atualizadas, claras e completas
-
Treinamentos técnicos presenciais e online para sua equipe
-
Consultoria especializada para auditorias, certificações e protocolos personalizados
Esclarecer dúvidas, orientar e oferecer sempre o melhor em técnicas e produtos de limpeza profissional é a nossa missão na Higiclear. Conte sempre com a gente para fazer escolhas que atendam às necessidades de sua empresa.
Se você gostou das informações sobre ficha FISPQ (que passará a ser chamada de FDS – Ficha com Dados de Segurança) presentes nesse artigo, compartilhe com mais pessoas, nos acompanhe nas redes sociais, nos siga nas plataformas de áudio e fique de olho em nosso site para não perder dicas e conhecer nossas soluções de produtos de limpeza profissional.
Até a próxima semana!
REFERÊNCIAS: